segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Estrada da Graciosa - Antonina

Aproveitando o último feriado, fomos a Curitiba para visitar a família, já aproveitando para fazer a revisão dos 10.000 Km da Frida.
No sábado, aproveitamos o dia nublado, mas estável, para dar uma volta.
Já que a Bea agendou um congresso para a época, saímos Manuel e eu, com a especial companhia de Nilo e Tina. Foi a primeira vez, desde o passeio com meu pai, que levávamos avós para passear (rsrsrsrs).
Saímos pelas 09:30 horas via BR-277 e Contorno Sul, com destino ao Clube Paranaense de Tiro, em Piraquara, onde estava ocorrendo um campeonato.
O tiro ao prato é minha nova cachaça, e não poderia perder a oportunidade de ver aquele belíssimo clube em ação.




Seguimos pelo antigo acesso da PR-410, até a própria Estrada da Graciosa, que como o nome mesmo sugere, dispensa comentários acerca de sua beleza. Estrada estreita incrustrada na Mata Atlântica, que segue serpenteando pela Serra do Mar em direção ao litoral.
Como não é permitido o acesso a caminhões à maior parte do trajeto, restam apenas os admiradores que para lá vão. As curvas fechadas fazem lembrar a Serra do Rio do Rastro, mas alí assumem a impressão de  um caminho por dentro de uma propriedade.
E que propriedade! Aquela parte conservada da Serra do Mar recebe milhares de visitantes a cada dia, mas mantém-se linda.
Crédito da foto à Tina, que faz milagres com seu celular

Crédito da foto à Tina, com seu celular (em breve o Papai Noel vai lhe dar uma câmera decente...)


Alguns pontos para parada, lanche e fotografias estão sempre cheios de visitantes. O dia ia, passo a passo, limpando, o que possibilitou a vista da Baía de Antonina ao fundo.
Como nada é perfeito, a estrada seria melhor sem pelos trechos, não tão curtos, de parelelepípedo, que são justificáveis para fins de manutenção da memória, mas que trazem algum desconforto e risco - especialmente em dias de pista úmida.


Chegando em Antonina, em boa hora para almoçar, fomos à Ponta da Pita, que lembrava - da minha infância - ser um local a ser visitado, e onde certamente poderíamos comer bem.
Bem,...
O acesso é ruim e estreito, pavimentado por pedras e cheio de caminhões estacionados aguardando sua vez no pequeno porto, e a escolha do almoço virou piada. Restou a lembrança do Badalo e da Ponta da Pita que nos perseguirá por algum tempo.




Antonina se tornou uma pitoresca cidade turística, de quase 20.000 habitantes e uma estrutura turística interessante, especialmente na região do centro em que se destaca o casario colonial típico de sua história, o redor do trapiche e mercado municipal. Lá há um restaurante aparentemente bom, que ficou a ser testado em próxima visita. 


Compramos as famosas balas de banana, visitamos o trapiche (o Nilo não iria dormir se não fosse até a ponta) e tomamos sorvete. Durante o passeio, o Nilo descobriu uma farmácia fundada na década de 1920, que mantém em ótimo estado mobiliário, vidraria e materiais farmacêuticos da época.







Partimos de volta à Curitiba pelas 16:00 horas, agora pela BR-277, onde se cobra um dos pedágios mais caros que já conheci (R$ 7,00 para moto?!). 

Ainda bem que o Manu pagou!

O que refrescou o assalto foi o suco de maracujá, numa das paradas preferidas da Tina.

Foi isso. Clima agradável, 190 Km bem curtidos numa estrada linda e boas risadas em companhia maravilhosa. Desejar o o que mais?
Só se a Bea tivesse enforcado o dia de congresso...



sábado, 6 de outubro de 2012

Região serrana de Santa Catarina: lugar para voltar

Em uma profissão que ocupa boa parte dos fins de semana, que são livres à maior parte dos mortais, os nossos planos de viagem são feitos com muita antecedência e pouca margem para mudanças de última hora.
Assim, quando as forças da natureza teimam em conflitar com nossos interesses, só nos resta a manutenção do plano ou desistir dele por um longo tempo.
Daí a necessidade de planejar cada etapa, definindo alternativas e, especialmente, ficar de olho nas condições climáticas.
O passeio à Serra do Rio do Rastro estava programado para este último final de semana.
Saída prevista de Joinville ao início da tarde de 6a. feira (28/10), com retorno no domingo. A partir das duas alternativas de trajeto, apresentadas na última postagem, optamos por aquela com maior trecho do conforto da pista dupla da BR-101, já que não teríamos muito tempo até o escurecer para o final do primeiro trecho.
Então, decisão tomada: Joinville-Urubici (328 Km) na 6a., Urubici-Gravatal (154 Km) no sábado e Gravatal-Joinville (317 Km) no domingo.



Passeio nada complicado, do ponto de vista de planejamento. Dois hotéis reservados com antecipação e reabastecimento com gasolina Podium em Santo Amaro da Imperatriz, logo após sair da BR-101, para não dar sorte ao azar, já que não tinha idéia precisa sobre a infraestrutura da região da Serra.

Com a informação de que não havia nada grave com relação ao estado das estradas, só me restava ficar atento ao clima, por uma série de razões óbvias. Além de sair de Joinville, com a sua habitual chuvinha de despedida em nossas viagens,  estaríamos saindo de uma altitude de 4 metros para uma região que pode chegar a 1.800 metros, em alguns pontos a serem visitados. O destino do primeiro dia é uma das cidades mais frias do Brasil, o que vinha ficando mais evidente neste gelado início de primavera. Por outro lado, em se tratando de uma região rica em paisagens deslumbrantes, detalhes como umidade e nebulosidade eram muito importantes para quem buscava encontrar belas imagens.
Lá fui então recorrer ao meu fiel apoio do CPTEC do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dois produtos são meus preferidos: o modelo ETA para 7 dias e os Meteogramas para cidades. Então, o panorama era o que se segue:



A análise da previsão de precipitação para o dia da partida já sugeria a companhia de chuva leve desde Joinville, talvez em todo o trecho da BR-101. A Serra parecia livre de chuva (ôba!).
Os meteogramas davam algum detalhe a cada local.

                                 JOINVILLE                                                                URUBICI

A diferença da temperatura de casa ao destino era gritante. A temperatura mínima esperada para Joinville era semelhante à máxima em Urubici. Por outro lado, tendo lá um mínimo de 3 a 5 graus à noite, pelo menos seríamos poupados do gelo sobre a pista durante o dia, risco adicional àquelas estradas desconhecidas.
Chamava também a atenção a previsão de elevada nebulosidade na Serra no sábado, especialmente nuvens altas, o que nos poderia trazer problemas de visibilidade. A umidade relativa superior a 90% era reflexo deste fator  (lá se vão minhas fotos...).
Não nos restou muito a discutir sobre a indumentária necessária a um trajeto tão diverso: equipamento pleno desde a partida, incluindo máscaras faciais. Pela primeira vez, em muito tempo, convocamos o forro de nossas roupas para passear e, infelizmente, capa de nylon sobre a roupa, que me causa tanto desconforto (me sinto ágil como um mergulhador de escafandro).
É nessas horas que sou forçado a pensar em investir numa roupa impermeável, embora seja um pouco cético com a qualidade do que temos no mercado...



Isto tudo também colocou em prova, mais uma vez, a imensa habilidade da Bea em arrumar nossas malas. Roupas para frio, calor e chuva. Tá fácil?
Conforme o previsto, tivemos alguns chuviscos a partir de Joinville até perto de Barra Velha. De resto, estrada boa e seca, sem muito tráfego. Até mesmo as obras de reparo em uma ponte na altura de Itajaí, que deixaram o tráfego lento por semanas, já estavam acabadas.
Chegamos em Santo Amaro da Imperatriz pouco antes das 16:00 horas, em bom momento para esticar as pernas e abastecer a Frida, como preparo para o trecho de pista única da subida da serra.
Na saída do posto, uma imagem sempre desagradável, mas que nos faz redobrar a atenção no trânsito local das pequenas cidades. Um motociclista esbarrou na lateral de um carro que saía do posto e lá ficou no chão, sentado aguardando socorro, com uma aparente lesão na perna. Respiramos fundo, olhos de lince, e fomos em frente.
Após o desembaraço das cidades da "Grande Florianópolis" (pelo menos é o que as placas indicam), a BR-282 se mostrou muito boa e amigável, com bons trechos de 3a. pista nos aclives. Passo a passo fomos vendo a temperatura cair até cerca de 9 oC, próximo a Bom Retiro. Não sentimos frio algum, o que compensou, com folgas, o desconforto inicial com tanta roupa. É certo que poderíamos ter dispensado as capas de nylon, mas nunca se sabe...


A Frida não tomou conhecimento do trânsito lento eventual ou das ultrapassagens em subidas, sempre sobrando em vigor e estabilidade. A pressão dos pneus seguiu sempre estável, e o consumo inalterado. No alto da serra, mais uma boa oportunidade de curtir o seu aquecimento de punhos, que dão uma sensação de "I don't give a s..." para o frio. A adaptação feita para a fixação do suporte do GPS ficou muito boa, embora fosse necessário mudar a inclinação da tela, cuja visualização ficou prejudicada pelo reflexo da luz do céu.

O trecho da SC-345 (Bom Retiro) a Urubici foi, sem dúvida o pior trecho da viagem, em termos de conservação. O atenuante foi que quase não havia trânsito, o que possibilitava a pilotagem a baixa velocidade para desviar de irregularidades e buracos na pista.
A chegada no hotel "Fazenda Serra do Panelão" ocorreu, dentro do previsto, às 17:56 horas, enquanto o dia começava a escurecer. Escolhido para o pernoite, por ser bem próximo à estrada, o hotel conduzido pelo Sr. Rômulo e família - que de Florianópolis para lá foram montar um belo negócio há 20 anos - nos foi muito conveniente. Ambiente acolhedor, uma boa taça de vinho, lareira e uma calorosa conversa com nossos anfitriões, foram perfeitos para relaxar e encerrar o primeiro dia de viagem. No jantar, a comida simples e saborosa da fazenda, servida diretamente no fogão à lenha. Desejar o que mais?


No dia seguinte, o revés da viagem. Uma densa neblina cobria toda a região. De tão densa, causava uma fina garoa que nos fez retardar a saída do hotel. Em função do evidente prejuízo à visibilidade que certamente impediria as vistas panorâmicas, que são atrações locais obrigatórias, decidimos fazer um pequeno passeio por Urubici e abandonar o plano de dar um pulo em São Joaquim.
Mas não foi exatamente uma má experiência, já que a região é muito linda e só aguçou a nossa vontade de ali estar novamente com tempo limpo. Da próxima vez, Manuel e Junior deverão vir também e certamente vão adorar.
Apesar da verdadeira manta de nuvens que cobria o lugar, decidimos subir até os 1.800 metros de altitude, no Morro da Igreja, donde o SINDACTA mantém o controle do espaço aéreo da região. Quase necessitamos da ajuda dos controladores de vôo para atravessar o nevoeiro. Em dia limpo, deve ser uma vista fantástica.
Por recomendação do Fernando, que no hotel nos deu boas dicas, fomos almoçar no bistrô "A Taberna" em Urubici. Ambiente agradável e pequeno, que nos ofereceu uma bela experiência gastronômica com a sua "Truta à portuguesa".






A descida da Serra do Rio do Rastro pela SC-438 foi certamente o trecho mais prejudicado pelas condições climáticas. Com suas curvas tão fechadas que impõe uma peculiar lentidão do trânsito, própria à contemplação, e que às vezes força aos caminhões mais longos a realização de manobras em plena descida íngreme, esta é uma das estradas mais interessantes que já conheci.

Fonte: http://saojoaquimonline.com.br/03/09/2012/serra-do-rio-do-rastro-lidera-no-ranking-de-estradas-mais-incriveis-do-mundo/

A foto tirada por mim, fica para a próxima.
De qualquer jeito, a sensação de "cair das nuvens" foi muito legal.Restou o gostinho de quero mais...




A estadia em um dos conhecidos hotéis de Gravatal no nosso último dia de viagem, devido à frustração com a pobre qualidade das refeições, não merece aqui maior registro, e nem mesmo a citação do nome do hotel.
Decidimos abrir mão do almoço de domingo, o qual era garantido no sistema de "pensão completa", para voltarmos mais cedo e garantirmos um bom fechamento ao passeio, enquanto nos deliciávamos com um belo "camarão à grega" no "Vieira's" em Itapema.
Tiro certeiro...

Mais 860 Km de crédito na nossa contabilidade. Até a próxima!

sábado, 8 de setembro de 2012

Planos para setembro...

O passeio pela Serra do Rio do Rastro, que temos desejado há algum tempo, deve sair ainda este mês. Infelizmente faremos a viagem sozinhos. O Manuel - o grande incentivador da viagem - não poderá nos acompanhar, devido a compromissos familiares. E o Junior, por motivos comunitários...

O plano inicial é de sairmos de Joinville numa 6a. feira à tarde e seguirmos para Jaraguá do Sul, Blumenau, Rio do Sul (BR-470) até Lages (SC-425), em trajeto de 305 Km. Na manhã do sábado, pela SC-438 para São Joaquim, Bom Jardim da Serra e as famosas curvas da Serra do Rio do Rastro.
Fotos e mais fotos, filmar a descida até Lauro Muller e encerrar a tarde, após mais 211 Km, em um banho termal em Gravatal, porque ninguém é de ferro...
No domingo à tarde, pegar a BR-101 e voltar a Joinville, nos últimos 317 Km, completando a viagem de 832 Km.


A rota alternativa é sair de Joinville pela BR-101 e descer até o entroncamento com a BR-282, passando por Santo Amaro da Imperatriz e dali até Urubici (SC-480), após 328 Km. No sábado, pelas SC-480 e SC-438 para Bom Jardim da Serra - Serra do Rio do Rastro - Lauro Muller e Gravatal em mais 154 Km. Domingo, voltar a Joinville pela BR-101 em mais 317 Km, e assim completando 799 Km.



E então, mais pista dupla ou mais cidades pelo interior?
Aberto a sugestões...

Grande Curitiba: Colombo, Bocaíva do Sul e Tunas

Após longo período sem atualizações, aqui vai uma "antiga".
Ao início de junho demos um pulo em Curitiba para visitar a família e apresentar a Frida para a estrada.
Na verdade era mais uma apresentação pública, pois já tinha rodado com ela de Florianópolis a Joinville, no dia da sua compra. Mas desta vez a Bea vinha junto, para testar a dirigibilidade com garupa, e para a companheira concluir o luto da perda do banco e sissybar da Ruiva, que ela tanto gostava.
Viagem tranquila, máquina sobrando. A regulagem elétrica do parabrisas e a regulagem da suspensão são mesmo uma piada. Os bagageiros não permitem um pio à mulher que gosta de comprar umas coisinhas em viagem.
Chegando em Curitiba, programamos para a manhã do domingo um passeio pelos arredores de Curitiba. O Manuel com sua reluzente Vulcan LT e o Junior com uma bela Super Ténéré, que estava experimentando. Saí sem as maletas laterais para facilitar o trânsito urbano.


O passeio foi curto, mas extremamente agradável. Colombo é faz parte de uma região agrícola, conhecida por ser área de imigrantes italianos e seu vinho caseiro.
Visitamos lá a  Gruta do Bacaetava, patrimônio muito bem cuidado pelo município, com direito a vídeo educativo e um simpático guia.


Em início de julho fizemos um novo passeio pela região, desta vez para Bocaiúva do Sul até Tunas do Paraná, na parte paranaense do Vale do Ribeira.
Combinação perfeita de tempo bom, boas pistas e curvas divertidas.