sábado, 19 de novembro de 2011

Três Reis no asfalto

Acordei às 06:30 com um belo céu azul cobrindo Joinville. Os reflexos dourados de um sol ainda acanhado e a perspectiva de um grande programa pela frente me roubaram a dor de cabeça matutina. É claro que 600 mg de Ibuprofeno ajudaram, mas isto não tem nada de poético.
A perspectiva de dar um belo passeio com os meus irmãos minimizava qualquer mal estar. Três Reis (nosso sobrenome) muito atarefados, que só agora conseguiam sincronizar suas agendas para dar uma voltinha juntos.Desta vez, a minha companheira preferiu ficar em casa, lidando com as tarefas que nunca acabam...

A manhã estava ainda um pouco fria e, mesmo com a perspectiva inicial de um dia ensolarado, decidi apenas abrir mão do forro da minha jaqueta. Quem conhece Joinville e a Serra do Mar sabe bem porque.
Segunda pele, máscara, luva longa e curta. Mochila com kit impermeável, camiseta, presentes para meus companheiros, spray de reparo para pneu, água e máquina fotográfica. Calibração dos pneus - D28 T30, que gosto de fazer imediatamente antes de partir, e "pé na estrada". Pela frente os quase 85 Km até o ponto de encontro definido: o entroncamento da BR-376 com a PR-281.

A BR estava tranquila. O único ponto com obras não chegou a interferir com o tráfego leve serra acima. Quase nenhuma moto. Os jaspions apressados ainda não estavam descendo a serra rumo ao litoral.
Estrada "vazia" é a grande vantagem de ir à Curitiba aos sábados.
O belo passeio pelo trecho foi ainda enriquecido com fundo musical.  Foi a estréia do intercomunicador que configurei para receber as trilhas do meu telefone, por Bluetooth.
Assim, comecei minha dourada manhã com Bob Dylan - Hurricane, dalí segui acompanhado com Cássia Eller, Black Sabbath, Ben Harper, Frank Sinatra, Louis Armstrong, entre outros. Gosto de ouvir o ruído grave do motor da moto, mas a sensação de Hotel California (Eagles) na solidão de uma estrada sinuosa é indescritível.


Vida longa aos criadores de gadgets!

Foi com a balada de Billie Holiday (Do nothin' till you hear from me) que cheguei ao ponto de encontro, quinze minutos antes do combinado. Não senti o tempo e a distância passarem...
Enquanto ainda esticava as canelas e trocava minhas luvas (estava um pouco frio para as curtas), chegaram meus companheiros de viagem.




 Junior com a sua Yamaha XT600 e Manuel com a sua Kawasaki Vulcan 900LT também trazem a novidade de intercomunicadores recém-comprados, apesar de até então não terem conseguido o adequado pareamento entre os aparelhos. Mas a empolgação era grande.


Tomamos um café, tentamos desvendar os mistérios do pareamento imperfeito e iniciamos nosso passeio. Pela frente, 140 Km de estradas secundárias asfaltadas e de boa qualidade. 



A partir de Tijucas do Sul, a PR-281 foi uma agradável surpresa. Bom asfalto, paisagens belas de haras e pequenas propriedades agrícolas. Muito pouco trânsito, provavelmente em consequência do dia escolhido. 
Por ser um trecho bem curto e com pista livre, não economizamos nas paradas para contemplação e fotografias. Já em frente à igreja de Agudos do Sul fomos saudados com a gentileza de um morador, gaúcho de nascimento, que fez questão em nos fotografar.


Chegando a Piên, já bem perto da divisa com Santa Catarina, nos surpreendemos com a beleza desta pequena cidade de cerca de 11.000 habitantes e, especialmente,  do seu cemitério aberto e impecavelmente cuidado pela comunidade, que chama a atenção de quem chega à cidade





Após mais uma infrutífera tentativa de sincronizar os intercomunicadores, voltamos à estrada rumo a São Bento do Sul.
Chegamos a São Bento às 11:15. Local muito hospitaleiro - com boa cozinha germânica, mas que nos fez sair dali rapidamente após apenas uma foto da bela fachada do shopping. Os seus mais de 120.000 habitantes já conseguem produzir um pequeno congestionamento no centro, que não fazia parte dos nossos planos de passeio...




Os breves 18 Km seguintes pela SC-301, que dá continuidade à PR-281, nos levaram a Campo Alegre. Pequena cidade de 11.000 habitantes, vem se tornando um centro de turismo rural, com suas várias propriedades que viraram pousadas e spas. Soubemos que a prefeitura transformou a área rural em urbana, devido à proliferação de iniciativas voltadas ao turismo. Um meio de aumentar a receita com IPTU.


Em Campo Alegre, a simplicidade de sua bela prefeitura e da praça em frente chamam a atenção.






Mas o ponto alto da rápida visita é mesmo a Cascata Paraíso, logo ao lado da prefeitura. A visão e o ruído da queda, associados à tranquilidade do local, são revigorantes.

Pelo horário, decidimos seguir pela Serra Dona Francisca e almoçar em Pirabeiraba -distrito de Joinville.
A descida da serra é curta mas, pelo visual e pista sinuosa, é um trecho bem agradável de pilotar.





Na chegada em Pirabeiraba, fomos direto ao Gute Küche para um delicioso marreco assado com purê de maçã, enquanto fazíamos planos para as próximas aventuras: Vila Velha, com o "Seu Reis" na garupa, e Serra do Rio do Rastro. Vai ser muito divertido!



Comidos e descansados, retornamos à BR-101 para o último trecho de nosso passeio. Eu, em direção a Joinville. Manuel e Junior para Curitiba.


À consulta do log do GPS, constatei que percorri 243 Km em 7:10 horas, incluido o tempo parado, chegando em casa às 14:47, em tempo para fazer companhia para a Bea. Manu e Junior percorreram 306 Km e, pelo que sei, cairam na cama logo que chegaram em casa.

Valeu!

 


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Voltinha com "os mano"

Finalmente acho que conseguimos sintonizar nossas agendas com a previsão do tempo. Amanhã vou poder passear com os meus irmãos Manuel e Junior.

Não vai ser nada muito longo, pois só teremos este sábado livre. Vamos tentar percorrer um trecho que possa ser acessível para todos, sem maiores sacrifícios. Como eles moram em Curitiba e eu em Joinville, imaginamos um trajeto entre as duas cidades, através de algumas estradas secundárias.


Eu serra acima pela BR-376 e eles abaixo, nos encontraremos às 09:00 horas no entroncamento com a PR-281 em terras paranaenses, rumo a Tijucas do Sul e Agudos do Sul. Dali à PR-420, passando por Piên até chegar à SC-301 a partir da divisa com Santa Catarina. Fragosos, São Bento do Sul, Campo Alegre e descer a Serra Dona Francisca. Encerrarei minha participação no passeio em Joinville, donde Manu e Junior retornarão a Curitiba pela BR-376. Cerca de  329 Km para eles, 230 Km para mim. Promete!

                       CURITIBA (15 a 20 oC)



                     JOINVILLE (16 a 24 oC)


Na serra deverá estar mais frio...

sábado, 22 de outubro de 2011

Porto Alegre - Joinville: o retorno

O nosso último dia de viagem, em verdade, se inicia no dia anterior. Há alguns quilômetros antes de chegarmos a Porto Alegre, a Bea percebeu a perda de um dos parafusos fixadores da proteção de face de seu capacete.
Ao pararmos à beira da estrada, percebemos que o parafuso ainda estava no banco da moto, mas a arruela que mantém a estabilidade da articulação estava perdida.


Colocado o parafuso no local, apenas para não perdê-lo e garantir alguma estabilidade ao sistema, decidimos comprar um capacete novo em Porto Alegre. Argumento adicional à compra se baseava no fato de que a Bea, com alguma frequência, se queixava da pressão na face que a camada mais espessa de espuma impunha.
Assim, começamos o dia 21/10 à busca de um capacete. Localizei pelo Google a loja Mototech a alguns minutos do hotel. Na escolha de um capacete escamoteável, decidi também me dar um presente (o meu Nau já está velho e com alguns remendos). Saímos dali faceiros com os nossos novos cascos Zeus Touring 3000A GG6 (a Bea adorou não precisar usar mais os óculos escuros).

Mas com aquela função de esperar a loja abrir, escolher o capacete certo (aperta aqui, dói ali...), retornar ao hotel e sair,  foi-se "pro vinagre" o nosso planejamento de saída cedo. Já eram quase 11:00 horas quando chegamos à estrada para o nosso mais longo dia de viagem.
Pouco tempo de Freeway e eu já estava com saudade do meu bom e velho capacete que deixei na loja como doação para alguma ONG de proteção aos "Sem Capacetes". O capacete novo, que pesa 500 gramas a mais que o anterior, estava "pegando" na região próxima ao início da implantação do cabelo na testa (não, não sou careca).
O que era apenas uma pressão leve, passou a ser um atrito desconfortável e até uma dor desconcertante. À palpação parecia ser apenas pressão do isopor que estrutura a parte interna do casco. Aperta aqui, palpa alí, e nada. É duro ser cabeçudo, mas parecia ser apenas uma questão de mal adaptação ao molde, que tem limitada a distância antero-posterior. Afinal, este é um XL (tamanho 60-62), quando a minha cabeça (medida pela vendedora na loja) era 59.
Não teve jeito. Passei todo o resto da viagem literalmente brigando com o capacete e imaginando quem teria sido o modelo para a construção do seu molde. Certamente alguém com formato de cabeça bem peculiar...

Cheguei a ficar com uma escoriação na testa e um tremendo mau humor por causa desta aquisição. Não quis parar para desmontar a parte interna e arriscar fazendo consertos. Vai que dá alguma zebra pior...
Voltando à viagem: apesar de tudo, o dia estava lindo, com pouquíssimas nuvens no céu. Tendo saido com meio tanque de Porto Alegre, imaginei abastecer em qualquer ponto à frente na Freeway. Quando estava perto de chegar à reserva, segui as indicações do GPS e paramos em Santo Antonio da Patrulha. 
Por sugestão do frentista (é, um frentista de novo), seguimos até Osório pela estrada velha (RS-030), com a promessa de uma bela vista, não ter que pagar novo pedágio e ser trajeto mais curto (10 Km menos).
Com vistas à primeira promessa, logo percebemos que não havia vista especial alguma e, devido a estrada estar entulhada de interessados na segunda promessa, passamos a "engatinhar" na estrada, atrás de várias pequenas filas de carros que seguiam - sem poder ultrapassá-los - caminhões que trafegavam lentamente.


Mais uma vez admirei a liberdade do tráfego da Freeway, especialmente nos dolorosos trechos em que as duas estradas correm lado a lado. Nós ali presos nas filas dos "mãos de vaca" na estradinha tortuosa e logo ao lado os 110 Km/h de um monte de velozes perdulários... E, olhando no mapa acima, como pode ter 10 Km a menos?
Lição aprendida: use com reservas as sugestões de restaurantes ou percursos oferecidas por frentistas.
Com o retorno à BR-101 fomos reapresentados à estrada em péssimas condições, com excessão dos esparsos trechos já duplicados. A diferença agora é que eu já estava de mau humor, o que piorava com as lixadas do capacete no ferimento a cada irregularidade na pista e as rajadas de vento.
Com a parada para almoço em Araranguá, quando já pensava em comprar uma melancia gelada e lançar mão da solução abaixo, acho que consegui o melhor ajuste de posição do capacete.

Não era exatamente o uso mais correto, mas a posição com a face mais elevada possibilitou um resto de viagem satisfatório.
Ao chegarmos à região de Florianópolis, a visão de um mar "de verdade" trouxe a sensação de estarmos no quintal de casa (mais para playground, na verdade).
Mas seria pedir muito que não tivessemos nenhum outro contratempo nestes últimos 180 Km. Pouco antes de chegarmos ao trevo de Piçarras, alcançamos um longo engarrafamento. 
Tentando esquecer o quanto a Bea detesta a pilotagem através de corredores de carros e caminhões parados, segui a prática de todas as motos que chegavam ao local. Na maior parte do tempo, os carros e especialmente caminhões deixavam um espaço razoável para as motos. Assim pudemos reduzir o tempo de espera no equivalente a 2 Km de fila, até que a Bea teve um chilique, ameaçando descer da moto devido ao medo.
Nesta hora seria muito bem-vindo o intercomunicador chinês que comprei e não recebi. Teria evitado o único estresse conjugal durante todos os sete dias de viagem.
Como elas sempre têm razão, fui lá, comportadamente, posicionar a moto na fila e "curtir" um interminável anda-e-para que,  como quem já pilotou uma moto de quase 300 Kg e carregada sabe, faz um bem danado para braços, pernas e humor. 
Só me diverti pensando: e se eu tivesse respondido "Tudo bem, pode descer que eu sigo sozinho"? Naquele inferno?
Calma, senhoras leitoras, este pensamento só me passou de relance e me ajudou a tolerar o conflito...
Com o atraso adicional, percorremos os últimos 40 Km à noite. Foi este o único trecho de pilotagem no escuro em toda a viagem. Nada mal!
Nos últimos cinco quilômetros, percebendo o reflexo das luzes de Joinville nas nuvens, diminui a marcha e curtimos este finalzinho metro a metro.


Chegamos muito bem, embora cansados. Dormir na própria cama seria o sonho realizado.
Ao passarmos pela portaria do prédio, a surpresa.



Da próxima vez, no stress...
Ah, já corrigi as imperfeições do capacete. Nada que uma boa lâmina não pudesse resolver!




Fotos deste trecho? Nem lembrei da máquina fotográfica. Se ela ao menos me ajudasse a consertar o capacete...

Vou postar na página do projeto as informações técnicas da viagem inteira.
Valeu!!!

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Chegamos em Joinville!

Por volta das 20:20 horas de hoje chegamos em casa, após um trecho bastante puxado de mais de 600 Km.
Descansar um pouco. Vou postar as últimas informações depois.
Chegamos bastante cansados, mas muito bem.
Agradecemos a todos as palavras de estímulo.
Abraços.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

De Chuí, 550 Km a Porto Alegre

Com a mudança de planos imposta pelo trecho curto do dia anterior, decidimos esticar a nossa meta para hoje para dormirmos em PoA.
Nos primeiros cem quilômetros seguimos cercados por pastos e terras recém-aradas. Os pássaros pretos e suas revoadas voltaram a nos assustar, mas o mais impressionante ainda estava por vir.
Os pássaros em bandos no acostamento, provavelmente à busca de sementes caídas de caminhões, passaram a ser mais numerosos e variados, o que já me fazia maneirar na velocidade.
Mas duas espécies se apresentaram para me lembrar a minha adolescência. Vimos duas perdizes e uma codorna meio desajeitadas ciscando no meio da pista, aves que cresci vendo meu pai e meu irmão caçarem.



O primeiro susto foi com a segunda perdiz que, assustada com a aproximação da moto, partiu em vôo irregular da outra pista em direção à minha, em evidente rota de colisão com a Ruiva. No último instante, quando estava a pouco mais de 1,5 metros à frente do meu farol, numa manobra típica de Tom Cruise em "Ases indomáveis", a penosa deu uma guinada mostrando sua barriga para mim e disparou sua bomba. Se não fosse o parabrisas da moto, eu estaria cuspindo extrato de sementes do campo até agora.
Foi tão perto que acho que até vi a cloaca dela piscar para mim, debochadamente...
Tudo bem, ela não planejou aquilo. Na verdade ela "se borrou" de medo. Eu também, mas felizmente não tenho uma cloaca incontinente.
Não. Não fotografei. Nesta vocês vão ter que acreditar. Ou não. 


Quando ainda me recuperava do susto, cerca de um quilômetro depois, foi a vez da codorna. Esta partiu do meio da outra pista em um salto, passando logo acima de nossas cabeças.

Ah, se eu tivesse a nossa quarentinha ali... e se a caça fosse permitida como antes...

Não perdemos a oportunidade de parar novamente na Reserva do Taim, que - afora o vento - não cansamos de admirar. Na pista de retorno, pudemos ver a fauna mais exuberante, incuindo diversas capivaras.




Almoçamos em Rio Grande - na Galeteria Osório que mesmo sem galeto ofereceu-nos boa comida - e logo seguimos a Porto Alegre, com direito a alguma chuva no caminho. Percorremos 550 Km hoje, sem grande cansaço.
Talvez amanhã poderemos esticar até Joinville. Vamos ver. Hora de dormir, então.

Chuí: umas comprinhas, porque ninguém é de ferro!

Para variar não conseguimos acordar cedo na partida de Punta del Este. Mas ainda assim, não seria um problema. Programamos um retorno alternativo, considerando uma parada para compras em Chuí. Não é Miami ou Ciudad del Este, mas já tínhamos visto de longe umas grandes lojas que pareciam interessantes.
À partida de Punta percebemos que o céu azul, quase sem nuvens, era coisa do passado. Um céu nublado, um vento leve a moderado e uma temperatura amena seriam nossos companheiros para esta primeira fase do retorno.
Mas não precisamos andar muito na RN-9 para avistarmos, alguns quilômetros à frente, nuvens carregadas e o horizonte borrado típico de um "pé d'água" a caminho (ou nós a caminho dele).

Viemos daqui:
E íamos para lá:


Paramos na entrada de uma fazenda para a "hora de morfar" (quem não teve que assistir Power Rangers com o filho, não deve saber o que é isto) e colocarmos o kit impermeável, o que, por mais que seja necessário não deixa de ser "um saco". Imagine-se vestido de Papai Noel - com barriga, bota e cinto apertado - e ter que vestir uma roupa de mergulho. É quase isto...


Mas como é bom o kit impermeável, não?! Especialmente quando a chuva nos acompanha por cerca de 90 Km, de Rocha até quase a Punta del Diablo. Foi água para lavar a alma e a paciência. Felizmente a ruta estava praticamente vazia (para os padrões das estradas brasileiras).
A alegria de passar pelo aguaceiro foi tão grande que decidimos dar uma entrada não programada em Punta del Diablo. Nome apropriado pois, antes de perder as bota, o capeta deve ter passado por ali. Lugar confuso e feio. Construções absolutamente doidas, parecendo um misto de aldeia de pescadores com balneário hippie decadente dos anos 70.
Difícil tirar foto boa, mas vai lá. Estávamos contentes com o fim da chuva mesmo...


Apesar da chuva, chegamos ao Chuí a tempo de almoçarmos na mesma churrascaria que visitamos na ida. Check in no hotel e partimos para as compras. 
Considerado o tamanho das cidades, achamos as grandes lojas muito boas e, por estarem quase vazias, dar uma geral em toda a loja foi uma tranquilidade.
Eu estava precisando comprar uma balaclava para enfrentar o vento do Taim,  já que tínhamos perdido a minha em algum ponto da viagem. Mas não há loja nenhuma especializada em equipamentos para motociclismo. Entretanto, na Neutral, além de boas jaquetas, encontrei uma máscara perfeita, que me encheu de coragem para reencontrar o vento-amigo.


QUE VENHA O MALDITO!

Ainda nas compras, a Bea se arrependeu de não ter comprado os carrinhos de comprar que viu em
Punta. Quem sabe se amarrássemos no bagageiro da Ruiva...


Encerramos a noite com um bate-papo com meus amores pelo Skype. No dia seguinte, trecho longo...


Assim nos despedíamos do Uruguai, seus vinhos e sua gasolina de 97 octanas, da qual a Ruiva vai guardar saudades.