Preparando as rodas

A Ruiva

Para adequar a Vulcan 900 para as nossas necessidades em uma viagem mais longa, foi necessário rever o que já tínhamos e, eventualmente, melhorar ou modificar. A atenção à sensação durante a pilotagem já definiu o que era necessário adicionar ao conjunto.

GUIDÃO: boa altura, permitindo adequada posição à pilotagem, já testada em alguns trajetos de até 140 Km. Nada a modificar.

NAVEGAÇÃO: o aproveitamento da bolsa para GPS da Givi que já usava na Burgman resolvia a necessidade de localização, com o uso do meu velho Garmin Nüvi 250w que tanto já nos ajudou em viagens. A bolsa da Givi tinha sido um achado no Mercado Livre. Comprei de um cara de Florianópolis que a tinha usado muito pouco até comprar um suporte de guidão para seu novo GPS "water friendly".
Por outro lado, ainda não tinha a fonte de energia, o que foi resolvido com um acendedor de cigarro da Kuryakyn comprado na Motrix de São Paulo. Apesar de ser blindado e ter boa proteção da tomada, decidí instalá-lo no centro do guidão para que fosse protegido pela bolsa quando em uso, na eventualidade de chuva.
Em março de 2012 encontrei na Savages um suporte para GPS da Givi, que substituiu a bolsa que vinha usando.







BANCO: da moto em si, ficava evidente que o banco customizado estava ali para ficar. Até cheguei a acreditar que fosse obra do Peninha de Curitiba que é um mago na área. Mas não. É realmente "ortobúndico" para piloto e garupa e ainda oferece um rasoável apoio lombar para o primeiro. A espuma parece um pouco macia demais, o que - apesar de conferir grande conforto, provavelmente não terá uma vida muito longa. Já para a minha companheira, acostumada ao conforto e sensação de segurança dos apoios da Burgman...

SISSY BAR: o apoio lombar se mostrava imprescindível para garantir conforto à garupa, além da necessidade de mais espaço para bagagem. Costumo dizer que a Bea não simplesmente viaja, ela faz safaris. É claro que viajar de moto já seria uma bela terapia para ela, mas seria impossível fazer uma viagem mais longa apenas com alforges. Espaço para bagagem era uma preocupação constante.
A busca de soluções na Web (Google, fóruns, reportagens) e a escolha de uma solução destacável para possibilitar a sua retirada no uso urbano me levou a decidir pelo projeto do Eduardo da Master Custom de São Paulo. A solução da chave para evitar o roubo do componente foi decisiva. Negociação por e-mail, um contato telefônico, transferência bancária e Sedex deram conta do recado. Decidimos modificar o projeto original dele para a Vulcan Classic aumentando a altura do encosto para compensar a maior espessura do banco. Acho que ficou muito bom. Em um futuro breve talvez converse com o Peninha para fazer o encosto mais confortável e combinando com o banco.
Recebi o sissybar por Sedex, desmontado. Apesar da montagem ser muito simples, tive dificuldade com as roscas que juntam os componentes, devido à falta da proteção das mesmas durante o processo da cromagem. Tudo resolvido com o recondicionamento das roscas que fiz em casa.
A instalação do produto é muito simples e o resultado estético muito bom, apesar da estrutura não ter padrão tubular que seria mais compatível com o design clássico da Vulcan.





PARABRISAS: A falta de uma proteção do empuxo causado pelo deslocamento torna a viagem mais cansativa. Por mais que seja prazeiroso o contato com o vento na pilotagem de uma custom no puro estilo Easy Rider, chega a ser desconfortável às velocidades acima dos 100 Km ou mesmo menos, quando por tempo prolongado. Some-se a necessidade de proteção contra impacto por insetos, areia e até sementes que caem dos caminhões graneleiros que transitam especialmente nas estradas do sul.
Ressalte-se que eu vinha de uma maxiscooter que tinha um belo parabrisas, o que fazia o pilotar algo semelhante a passear em carro conversível.
Assim, a escolha da solução começou pela observação das dúvidas mais comuns: bolha ou parabrisa? Acrílico de alto impacto ou polipropileno? Fixo ou destacável?
Avaliando as várias opções no mercado, optei por um parabrisas National Cycle Street Shield EX™, que é representado no Brasil pela MB Pimenta. Após alguns e-mail trocados com a matriz nos EUA e com o Antonio Pimenta em São Paulo, decidi pela compra. Recebi o equipamento a tempo, apesar de alguns percalços com o despachante internacional e a greve dos Correios.
Apesar da excessiva simplicidade das informações do manual de montagem e instalação, instalei em casa, com a ajuda do olho crítico da Bea sob os aspectos de simetria e harmonia. De maneira geral o resultado me parece muito bom, com a ressalva da pobre solução da fixação do segmento inferior (abraçadeiras???). Vamos ver como se porta em longas distâncias.



Aqui pode-se observar a diferença de tamanho e estética  do Street Shield EX para o parabrisas original da Vulcan 900 Classic LT.


BAGAGEM: A minha primeira e emergencial aquisição foi dos alforges SSC150 da Nelson Rigg comprados na Americanas.com, que foram suficientes para os curtos passeios de final de semana até Curitiba ou Balneário Camboriú já com a Burgmam 400.  São de nylon, muito bem construidos e trazem a vantagem de ter uma proteção para o atrito com a lateral da moto que evita riscos na pintura e uma ótima capa de nylon para a chuva.
No bagageiro do sissybar utilizei, para a viagem a Punta del Este em outubro de 2010, uma mala de mão em nylon que, embora pequena, bem serviu ao propósito especialmente com a cobertura adaptada em nylon.
Em viagem à Califórnia em janeiro de 2012, comprei uma mala apropriada da Tourmaster do modelo Cruiser III Sissybar Bag, muito bem estruturada e com ótimo aproveitamento de espaço. A capa para chuva também está presente.


PROTEÇÃO: Na Motoshop instalei protetores de radiador e carter, cujas faltas me deixavam preocupado. Foi um verdadeiro parto a retirada de um dos parafusos de fixação da proteção do radiador, o que levou à necessidade de trocar os parafusos.

A Frida

A BMW R 1200 RT já vem pronta para a estrada. As observações pessoais e os relatos dos pequenos ajustes serão postados em breve.