quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Chuí: umas comprinhas, porque ninguém é de ferro!

Para variar não conseguimos acordar cedo na partida de Punta del Este. Mas ainda assim, não seria um problema. Programamos um retorno alternativo, considerando uma parada para compras em Chuí. Não é Miami ou Ciudad del Este, mas já tínhamos visto de longe umas grandes lojas que pareciam interessantes.
À partida de Punta percebemos que o céu azul, quase sem nuvens, era coisa do passado. Um céu nublado, um vento leve a moderado e uma temperatura amena seriam nossos companheiros para esta primeira fase do retorno.
Mas não precisamos andar muito na RN-9 para avistarmos, alguns quilômetros à frente, nuvens carregadas e o horizonte borrado típico de um "pé d'água" a caminho (ou nós a caminho dele).

Viemos daqui:
E íamos para lá:


Paramos na entrada de uma fazenda para a "hora de morfar" (quem não teve que assistir Power Rangers com o filho, não deve saber o que é isto) e colocarmos o kit impermeável, o que, por mais que seja necessário não deixa de ser "um saco". Imagine-se vestido de Papai Noel - com barriga, bota e cinto apertado - e ter que vestir uma roupa de mergulho. É quase isto...


Mas como é bom o kit impermeável, não?! Especialmente quando a chuva nos acompanha por cerca de 90 Km, de Rocha até quase a Punta del Diablo. Foi água para lavar a alma e a paciência. Felizmente a ruta estava praticamente vazia (para os padrões das estradas brasileiras).
A alegria de passar pelo aguaceiro foi tão grande que decidimos dar uma entrada não programada em Punta del Diablo. Nome apropriado pois, antes de perder as bota, o capeta deve ter passado por ali. Lugar confuso e feio. Construções absolutamente doidas, parecendo um misto de aldeia de pescadores com balneário hippie decadente dos anos 70.
Difícil tirar foto boa, mas vai lá. Estávamos contentes com o fim da chuva mesmo...


Apesar da chuva, chegamos ao Chuí a tempo de almoçarmos na mesma churrascaria que visitamos na ida. Check in no hotel e partimos para as compras. 
Considerado o tamanho das cidades, achamos as grandes lojas muito boas e, por estarem quase vazias, dar uma geral em toda a loja foi uma tranquilidade.
Eu estava precisando comprar uma balaclava para enfrentar o vento do Taim,  já que tínhamos perdido a minha em algum ponto da viagem. Mas não há loja nenhuma especializada em equipamentos para motociclismo. Entretanto, na Neutral, além de boas jaquetas, encontrei uma máscara perfeita, que me encheu de coragem para reencontrar o vento-amigo.


QUE VENHA O MALDITO!

Ainda nas compras, a Bea se arrependeu de não ter comprado os carrinhos de comprar que viu em
Punta. Quem sabe se amarrássemos no bagageiro da Ruiva...


Encerramos a noite com um bate-papo com meus amores pelo Skype. No dia seguinte, trecho longo...


Assim nos despedíamos do Uruguai, seus vinhos e sua gasolina de 97 octanas, da qual a Ruiva vai guardar saudades.


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