sábado, 7 de abril de 2012

Joinville - Maringá: ida.

Estava nos nossos planos, desde a viagem a Punta Del Este, fazermos uma visita ao meus cunhados Maurício e Fabiane em Maringá, no norte do Paraná.
Não é uma viagem longa - aproximadamente 570 Km - e as estradas são boas, pedagiadas, talvez um terço duplicado.


 Reservamos o feriado da Páscoa para este passeio.
Levei a Ruiva para uma revisão pré-viagem. É engraçado como as recepcionistas de oficinas de concessionárias não entendem o conceito de revisão preventiva antes de uma viagem mais longa. Sempre nos olham com estranheza e demoram a perceber o que se deseja.
Por um minuto sonho em falar:
 - Mas, filha! Isto é um veículo que luta contra o vento lateral e as imperfeições da estrada, contando apenas com a perícia do condutor para vencer a temível força da gravidade. Se não estiver funcionando perfeitamente, me leva para o chão ou me deixa na chuva...


 Na verdade, independentemente do que o mecânico realmente faça (ou não), dá sempre uma sensação de segurança viajar após um breve check up. Desta vez foi especialmente importante.
Se o leitor puder lembrar da postagem de 18/10/2011 no trecho Pelotas-Chuí da viagem para Punta del Este, tive problemas com vazamento no bico do pneu traseiro. Agora, na revisão, o diagnóstico:  o gel antifuro aplicado aos pneus fez com que as válvulas dos bicos tivessem o seu funcionamento prejudicado. Na dianteria, uma limpeza cuidadosa tornou o reparo possível, mas a câmara traseira teve que ser trocada. 
Menos mal...

A saída na 5a. feira, para variar não tão cedo quanto gostaríamos, acabou ocorrendo só às 09:00 horas, com dia de céu limpo e pouca neblina logo cedo. Meu maior medo, num dia provavelmente quente que nos esperava, seria pegar aquele solzão de frente que enfrentamos na ida a Vila Velha em março passado.



Nossa bagagem com carga plena, incluindo os chocolates como presentes, já mostra a habilidade crescente da Bea em viajar com volumes ajustados ao meio de transporte. Desde Punta, não há drama causado pelo "pouco espaço para bagagem". Ao contrário, ela não se cansa de elogiar a nova mala "cabe tudo". Santo investimento!
De Joinville a Curitiba estrada pouco movimentada e de boa qualidade, que já conhecemos.


O nosso plano de encurtar a viagem e, especialmente, o tempo ao evitar o trânsito de Curitiba pegando o Contorno Sul em São José dos Pinhais, logo foi frustrado ao nos depararmos com um monstruoso congestionamento logo após sairmos da BR-101.

A fila de caminhões parados era absurda, sem que houvesse corredores entre eles que fossem adequados para uma pilotagem segura com garupa e cheio de bagagem. Após algumas tentativas de progressão e antes que a Bea tivesse um chilique e ameaçasse abandonar o barco de medo dos corredores, ficava evidente a necessidade de mudança de planos. Àquela altura, o plano de  tempo de viagem já parecia ter ido pro brejo. Não nos restou outra alternativa a não ser um desvio para São José dos Pinhais e Curitiba, com o providencial pit stop para darmos um alô à família.
Seguimos em frente cruzando a cidade e, por fim, chegamos à BR-277 e sua confortável pista duplicada, com muito pouco trânsito. Era cedo para almoço, pelo que decidimos fazer um lanche mais à frente.



Sem esperar novas surpresas passamos a curtir a estrada novamente. Tempo firme, ânimo em recuperação, a Ruiva trabalhando como um relógio. Mas afinal, que diabo de surpresa seria se não fosse inesperada?

Distraido com a pilotagem e a beleza das estradas, segui sendo guiado pelas instruções do GPS, apropriadamente municiado com os dados das rotas programadas. Mas pouco tempo após termos passado por Campo Largo e um entroncamento percebi que estávamos fora do rumo desejado. Acabara de passar pelo acesso à Rodovia Witmarsum, que havia conhecido há um mês, rumo oeste pela BR-277.
Não foi difícil descobrir o que tinha acontecido:  no planejamento de rotas pelo MapSource em meu computador, eu tinha feito alguns estudos de alternativas à viagem, inclusive pensando em ir a Maringá pela rota habitual (BR-376) e voltar, em caminho mais longo, passando por Guarapuava e dali pela BR-277.
Estas rotas foram passadas ao GPS durante o último upload, junto com a mais nova versão dos mapas do Projeto Tracksource. Só não contava com a generosidade do equipamento e, ao selecionar o destino Maringá, receber a rota mais longa de presente.

Afinal, quem ainda não foi enganado por um GPS? Só aquele que nunca usou um...

Problema identificado, decidimos pegar a Rodovia Witmarsum sentido norte e almoçarmos na Confeitaria Kliewer, regados com uma jarra de limonada para repor as perdas quase insensíveis.




O trecho a seguir foi tranquilo, considerando-se que as pistas duplas são esporádicas.  Os trechos com 3a. pista, especialmente em subidas, mantêm o fluxo adequado. As paisagens de extensos campos cultivados são lindas, e só tivemos algum vento lateral desconfortável na região de Ponta Grossa. Mas na minha escala de 10 pontos, sendo 10 aquele da Reserva do Taim no Rio Grande do Sul, este levaria uma nota 6, com louvor.
As rodovias, embora com muitos caminhões, são de fato muito boas. São todas pedagiadas, mas salta aos olhos o elevado custo do pedágio, variando de R$ 3,60 a R$ 4,10.
Pode parecer pouco aos condutores de automóveis, mas lembro que os pedágios para motos na BR-101 em Santa Catarina são em média R$ 0,61, numa rodovia toda duplicada. Gostaria de ter uma explicação para tamanha diferença.



Para não dizer que tivemos tempo seco durante toda a viagem, um pouco de chuva - quase respingos - nos pegou nos últimos 50 Km deste trecho, quando passamos a nos preocupar com as nuvens escuras, relâmpagos e suas chuvas que já borravam o ponto do horizonte para onde íamos.
Já era hora de chegar ao destino, pois o cansaço não permitia que pudéssemos gostar da idéia de pegar chuva.  Não pudemos escapar dos trânsitos urbanos de Mandaguari e, para finalizar o teste de resistência, não escapamos do congestionamento da hora do rush em Sarandí.
Porque estas estradas ainda passam por dentro de cidades, mesmo?



Chegamos na casa do Maurício já à noite, instantes antes do início de um belo "pé d`água". Aquela noite foi  mesmo de muita chuva. Acho que levamos conosco as chuvas de Joinville, que são excepcionais em Maringá.
O dia seguinte, Sexta-feira Santa, foi absolutamente preguiçoso e pudemos dormir à exaustão.
Maringá está entre as cidades de médio porte mais arborizadas que conheço. É reconfortante passear pelas ruas parcialmente cobertas. Desde a nossa última visita, é evidente o seu crescimento rápido. 


Hoje tivemos o prazer de experimentar a famosa "Costeleta de porco com molho barbecue" preparada pelo Maurício e o "arroz com laranja e amêndoas" pela Fabiane. Delícia!


À tarde tive a oportunidade de ter minha primeira aula de slackline no Campus da UEM. Obviamente a foto é de quem sabia o que estava fazendo. Ainda bem que meu equilíbrio é melhor na moto...


Amanhã, acordar cedo para o retorno.
Posto os vídeos mais tarde...

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