Joinville - Praia do Sonho

Infelizmente o palpite do Maça furou. A chuva nos acompanhou até Itajaí. 

Mas não foi tão ruim. A estrada não estava cheia, o que tornou a pista molhada menos incômoda.

A Ruiva se portou muito bem, e a Bea já demostrava a sua aprovação pelo conforto propiciado pela sissybar.

A bagagem bem espartana, quase impensável em viagens habituais com a Bea, acomodou-se muito bem na vermelhinha, que não reclamou do peso extra e mostrou um ótimo desempenho.

Faltou-nos o intercomunicador que comprei num desses sites de compra chineses, mas que não chegou a tempo.  Ainda bem que o preço era tão ridículo quanto a minha convicção de que ia chegar antes da viagem. 

Espero que chegue um dia. :-)

Tem coisas que só acontecem em estradas...

Após passar por Balneário Camboriú, pude avistar ao longe uma custom. Era, de certa forma, um alento, pois até então, os únicos companheiros motociclistas na estrada eram alguns "homens bomba" transportando botijões de gás e outros "cachorros no cio" que ficam colados em caminhões como se lhes  cheirassem os rabos. Ah, claro que sempre há alguns "jaspions" pilotando como se tivessem recebido a entidade do Valentino Rossi.

Mas a ruiva ficou curiosa com aquela estradeira mais à frente e rapidamente a alcançou. Era uma bela Harley Davidson, com o banco e o bagageiro dos sonhos da Bea. Acabamos emparelhando devido a obras na pista. Ao parar, me vira o piloto, com sorriso muito simpático: "Esta moto era minha!"

Era o Gilberto, primeiro proprietário da Ruiva, que tinha virado PHD: Proprietário de uma Harley Davidson. Muito faceiros, ele e a esposa iam também em direção ao Sul. Ao saber que pretendíamos ir a Punta Del Este, manifestou uma prazerosa surpresa e nos desejou boa viagem.

Qual seria a chance? Conhecer naquele momento o primeiro dono da moto, de quem só conhecia o nome pelo documento anterior. Consideremos então um bom presságio.